A sinodalidade é constitutiva da Igreja, seu ponto de partida e chegada é o povo de Deus. O Papa Francisco nos chamou a viver este processo com os seguintes verbos-chave: Caminhar, ouvir, acolher, acompanhar, dialogar, participar, compartilhar, tornar-se presença da Igreja em comunhão, participação e missão.
Nós, como Religiosos, recebemos com alegria este convite e o Congresso de Vida Consagrada, do qual participaram 19 Irmãs da Congregação, foi enriquecido com as contribuições do Doutor Emilce Cuda, do Padre Ignacio Madera, do Irmão Diego José Díaz.
Alguns ecos de suas conferências: Um forte apelo para recuperar a unidade e depois a estratégia. Todos na mesma mesa, com os sentidos despertos para ouvir a voz do Espírito.
O processo sinodal é sobretudo um processo espiritual. Não é um exercício mecânico de coleta de dados, nem uma série de reuniões e discussões. A escuta sinodal é orientada para o discernimento: escutamo-nos uns aos outros, escutamos a tradição da fé e os sinais dos tempos para discernir o que Deus nos diz no aqui e agora. O discernimento implica reflexão e envolve o coração e a cabeça na tomada de decisões, para buscar e encontrar a vontade de Deus. Se a escuta é o método do processo sinodal, o discernimento é a meta, a participação é o caminho. O diálogo implica o encontro entre as diversas opiniões, Deus fala através daquelas que podemos excluir.
Distinguir das virtudes teologais é fazer uma opção para curar o mundo, há uma estreita ligação entre as virtudes teologais do batizado e do batizado com os princípios da doutrina social da Igreja. Essas virtudes não podem ser vividas em uma intimidade privada, compromete-se a saber estar no mundo sem ser do mundo, para influenciar sua transformação.
O processo sinodal exige que vivamos uma experiência de fraternidade, implica recuperar a liderança para poder influenciar o projeto do Reino de Deus.
Recupere a confiabilidade, fale em nome de Deus, cumpra a vontade de Deus, seja guardião, guardião e sentinela do povo.
Enfrentando e superando conflitos, invejas, ciúmes, trilhando um caminho de perdão e reconciliação, buscando o bem comum.
A sinodalidade é para Deus reinar, caminhamos juntos fazendo um caminho, tecendo relações que se estabelecem a partir da soberania de Jesus.
Os grandes desafios que temos que enfrentar hoje como vida consagrada são: A inclusão do diverso, nova ministerialidade no exercício da liderança, novos sujeitos, novos cenários, intercongregacionalidade, interreligiosidade, interculturalidade, intermissionalidade e intergeracionalidade.
A sinodalidade deve ser uma oportunidade e não uma moda passageira. Caminhar juntos como a Vida Religiosa nos pede, à maneira dos discípulos no caminho de Emaús, suspender as confusões do presente para reconhecê-lo no caminho, isso leva a um ato de confiança e esperança. Continue navegando no meio da tempestade porque não podemos simplesmente deixar o navio à deriva e deixá-lo seguir o curso que os ventos indicam. É tempo de tomar a Vida Religiosa na mão, não se entregar aos altos e baixos diante do número, é tempo do pouco descanso, dos humildes e dos simples, é tempo de permanecer fiel ao mestre, acariciado pela brisa suave do Espírito Santo que nos convida a não temer, a não buscar seguranças ou previsões. Reúnam-se, encorajem-se ao longo do caminho, sejam irmãos, amigos, percam tempo para o encontro, superem medos e solidão porque a única certeza é que Deus continua operando na história.